No vasto universo da franquia Transformers dois seres cósmicos se destacam como forças primordiais em constante oposição: Primus e Unicron. Primus, o criador dos Transformers, representa a força da criação, da ordem e da preservação da vida. Por outro lado, Unicron é seu oposto absoluto, uma entidade destrutiva que busca a aniquilação total, simbolizando o caos e o fim de todas as coisas. A relação entre esses dois titãs cósmicos molda o destino do universo e fundamenta muitos dos conflitos centrais dentro do lore dos Transformers.
A história de Primus e Unicron remonta aos primórdios do cosmos, e suas origens são profundamente exploradas no Covenant de Primus, um texto sagrado dentro do universo dos Transformers, que narra a criação do universo e a eterna batalha entre essas duas entidades opostas. Neste Artigo você conheçerá a origem de Primus e Unicron, suas divisões e o impacto dessa rivalidade na galáxia.
A Origem de Primus e Unicron
No princípio dos tempos, antes que o universo tivesse qualquer medida ou estrutura, existia um único ser. Ele não tinha nome, não possuía uma identidade definida, e simplesmente existia em paz. Esse ser era primordial, sendo um dos primeiros a habitar o cosmos em expansão. No entanto, à medida que ele começou a explorar as galáxias e encontrou outras formas de vida, sua tranquilidade foi perturbada por dúvidas profundas e existenciais. Se havia outros, múltiplos e diferentes, então o que ele era? Por que estava sozinho?
Sem companhia, o ser iniciou um diálogo interno que, com o tempo, dividiu-se em duas vozes distintas. Uma dessas vozes era calma, repleta de aceitação e fé; a outra era inquieta, questionadora e insatisfeita. Essas duas vozes receberam nomes: a voz pacífica se chamou Primus e a voz inquieta se nomeou Unicron. Assim, a dualidade entre eles começou a se formar.
Embora ainda fossem um só ser, Primus e Unicron divergiam em seus pensamentos e percepções, criando uma oposição fundamental. Ambos acreditavam que seu caminho era o correto e que o outro estava em erro. Essa discórdia interna evoluiu para um conflito cada vez mais profundo, com cada lado percebendo o outro como uma ameaça à própria existência. O conflito foi tão intenso que não apenas suas mentes, mas seus corpos também se separaram, resultando na criação de duas entidades físicas distintas.
O Conflito Entre Primus e Unicron
Com a separação, os sentimentos de amargura cresceram. Unicron, consumido por raiva e desprezo, tornou-se um ser de destruição, buscando erradicar toda a vida no universo. Ele acreditava que, ao destruir tudo, encontraria paz e preencheria o vazio que sentia em seu ser. Primus, por outro lado, tornou-se retraído e ressentido, mas ainda acreditava que seu dever era impedir a devastação causada por Unicron e preservar a vida.
Por bilhões de ciclos estelares, os dois lutaram incessantemente. Primus, em sua tentativa de reconciliar com Unicron, se viu frustrado pela obstinada recusa de seu irmão em desistir de seu caminho destrutivo. Para Unicron, a única certeza era o desprezo pelos outros seres vivos e sua convicção de que a vida era uma fonte de sofrimento. Em resposta às provocações de Primus, que dizia que o universo se destruiria por si só com o tempo, Unicron argumentava que deveria haver uma intervenção para acabar com o sofrimento e o desapontamento da existência.
O Papel de Primus e a Trégua Final
Mesmo com seus poderes equivalentes, nenhum dos dois conseguia derrotar o outro permanentemente. Essa eterna batalha parecia sem solução até que Primus percebeu que a única maneira de encerrar o ciclo era se retirar do conflito. Primus, então, tomou a decisão de "dormir o sono dos mortos", removendo-se da batalha direta contra Unicron e deixando o universo seguir seu curso. Essa retirada fez com que Unicron, embora continuasse sua fúria destrutiva, perdesse seu foco principal, buscando por Primus em vão.
Enquanto Unicron devorava planetas e estrelas, ele mantinha um olhar atento, procurando pelo seu eterno rival. Porém, o desaparecimento de Primus o confundiu. Unicron continuava sua busca, mas, incapaz de sentir a presença de seu irmão, sua fúria se tornava menos direcionada. Ele não compreendia que Primus havia desaparecido de forma deliberada, preparando o cenário para futuros eventos, talvez aguardando o momento certo para agir novamente.
O Futuro Sob a Sombra de Unicron
Hoje, embora Primus esteja em um estado de hibernação, sua influência continua sendo sentida. Ele criou os Transformers como seus guardiões, seres destinados a preservar a vida e lutar contra o caos causado por Unicron. No entanto, a ameaça de Unicron persiste. Ele vagueia pelas galáxias, assimilando energias e consumindo mundos em um ciclo interminável de destruição. Seu poder cresce com cada planeta devorado, e muitos temem o dia em que ele finalmente perceberá que Primus não está mais presente para desafiá-lo diretamente.
No final, a batalha entre Primus e Unicron é um reflexo das forças opostas do universo: criação e destruição, vida e morte. Enquanto Unicron representa o caos e o fim inevitável de todas as coisas, Primus é o guardião da criação, mantendo a ordem e a esperança de que a vida possa persistir, mesmo diante da entropia.
Assim, o Covenant de Primus nos ensina que, embora a luta entre os dois irmãos tenha se acalmado, o equilíbrio do universo ainda depende da resistência contra a destruição implacável de Unicron. Enquanto houver aqueles dispostos a lutar em nome de Primus, há esperança de que a criação possa continuar a florescer no vasto e sombrio cosmos.